31.1.05

23h00, noticia o Diário Digital motivando meu interligado comentário:

Alinhamento de despudoradas inevitabilidades, realidade tal que o ofício de profeta se torna dificilmente praticável...

FC Porto demite Victor Fernández (e Jê Couceiro é pela Antena 1 dado como certo no Dragão. Jês ao poder, pois, entre os grandes nativos. Agora, falta apenas um Jê no lugar do abuelo Trap. Talvez um dia o glorioso regresso de Jê Messias Mourinho..);
Sporting empata e falha liderança (Jê Peseiro de pedra e cal no adiamento do inevitável, gostaria de dizer. Porém, cheira bem mais ao inevitável adiamento. Mente doente a que investe, em Alvalade XXI, um Garcia e um Barbosa de titularidade. Assim segue o puto do equipamento cor de alface a senda da oscilação.) ;
Tribunais de Guantánamo são inconstitucionais (qualquer senso minimamente bom lá chega. Ter chegado o de uma juíza federal norte-americana é significativo, sim, porque seu país se rege internacionalmente à lei da bala. Esta, como se sabe, é generalizadamente inconstitucional, dado que, abertamente, ninguém quer assumir fazer andar um planeta a toque de caixa por sistema. Seguindo-se a uma chicotada psicológica e a um falhanço desportivo no alinhamento noticioso em análise, a podridão é, já, insustentável: insustentável a definição-limite constitucional que fede nestes colectivos de humanos e não-humanos);
Bruxelas desconfia de défices portugueses (mas como não? Demitamos a 'classe político futeboleira', questionemos a Constituição Moderna e façamos da alucinação a matriz existencial do devir que nos assiste);
PIB regista quebra de 1,1% em volume em 2003 (Ambiente, Cultura, Investigação & Desenvolvimento; especialização [para o conceito de PIB serve bem esta noção] portuguesa neste triângulo transformaria esta notícia num registo de aumento de 11%.. Não, não é o milagre económico português. Seria Portugal.).

30.1.05

Missiva à 2: - parte 2

Voilá!

Eis que ontem, V.Exas decidem, em lugar do que vinha sendo muito bom hábito (conforme Vos dei sentida conta aquando do péssimo indicador que foi o interregno natalício), desligar a re-transmissão dos 'Six Feet Under' da meia-noite e meia de Sábado para Domingo.

Porquê e para quê? Alguém pediu urgentemente ‘Os Limites do Terror’ a seguir à Britcom e o concerto dos ‘Ala dos Namorados’ em lugar dos ‘Sete Palmos de Terra’?

Que puta de arbitrariedade é esta que, constato-o agora, relega a série em questão para as 22h30 das Segundas-Feiras?

A irrelevância de Vossos shares e audiências (com mastigadas horas discovery na liderança) acaso faz-vos pensar que tudo é permitido para tapar este ou aquele buraco programático?

Quem dera que tivessem meios para dotar Vossa programação de efectiva diversidade e qualidade. Porém, mesmo os não tendo, um senso de missão, uma responsabilidade na gestão de hábitos renderiam a justa vénia do telespectador. Tal não acontecendo, fica a revolta e o nojo de quem, como eu, anonimamente espera um mínimo de decência institucional.

Da ausência de resposta a minha missiva enviada há mais de um mês, depreendo o maior desinteresse da Vossa parte para com quem - espectador - tem necessidade de questionar as mudanças entrepostas no que considera enquanto culto estabelecido em torno da televisão (o único de momento, à imagem do que, em tempos, aconteceu com 'Once and Again'). Depreende-se a ausência de respeito pelo telespectador, pela possibilidade (bem real, no meu caso) de o implicar no sentido ritual da interacção potenciada de imagens e significações..

"Fale Connosco - Dúvidas, Sugestões, Opiniões - Tudo o que esperamos de Si!", dizem-me através de uma muito bem estruturada página web, assim criando o homem médio, o homem comum qual uniforme receptáculo de Vossa arbitrariedade.

Trata-se aqui de um tipo de pragmatismo do mais podre que existe, assente na retórica questão "O que interessa que não haja comunicação de facto conquanto que o show-off tudo ofusque?".

Enfim, dignem-se a responder, a dizer de Vossa justiça.

Esperarei, pois, o contacto ou retornarei à comunicação.


Sem mais,


Alor

Fursaxa

29.1.05

Virtual walk




Vladimir Hudobko
[1999]

Nicanor Parra

"...Sólo sé que pasó por este mundo como una paloma fugitiva: la olvidé sin quererlo, lentamente..."


"Queen Melon"

Vladimir Hudobko

ROMPECABEZAS


No doy a nadie el derecho.
Adoro un trozo de trapo.
Traslado tumbas de lugar.

Traslado tumbas de lugar.
No doy a nadie el derecho.
Yo soy un tipo ridículo
A los rayos del sol,
Azote de las fuentes de soda
Yo me muero de rabia.
Yo no tengo remedio,
Mis propios pelos me acusan
En un altar de ocasión
Las máquinas no perdonan.


Me río detrás de una silla,
mi cara se llena de moscas.

Yo soy quien se expresa mal
Expresa en vistas de qué.

Yo tartamudeo,
Con el pie toco una especie de feto.

¿Para qué son estos estómagos?
¿Quién hizo esta mescolanza?
Lo mejor es hacer el indio.
Yo digo una cosa por otra.

Nicanor Parra in «Poemas y antipoemas» (1954)

20.1.05

Deerhoof's 'Halfbird' [2001] by Jason Nickey (All Music Guide))

With Deerhoof's fourth album, Halfbird, the San Francisco-based trio channeled their chaotic tendencies into actual songs without losing much, if any, of their playful absurdity and pummeling energy. Like Yoko Ono fronting the White Stripes, Deerhoof combines avant wordplay with bluesy, punked-out garage rock, with vocalist Satomi Matsuzaki teetering between inviting whispers and a patience-testing falsetto. Not light listening by any stretch, but the album's loud-soft dynamic is easily digested after a few listens. From the quiet yet brooding meditation of "Red Dragon" and "Xmas Tree" to the all-out sonic mayhem of "Rat Attack" and "Trickybird," Halfbird is a well-paced and adventurous collection. Maybe not as successful as Reveille, but certainly a close second.

5.1.05

Definição, Teia: A Alucinação do Fio Externo







A hallucination is a false sensory perception in the absence of an external stimulus, as distinct from an illusion, which is a misperception of an external stimulus.
The ability to discriminate between self-generated and external sources of information is considered to be an important metacognitive skill and one which may break down to cause hallucinatory experiences.

4.1.05

O Apelo (Para 2005)

Rodrigo Leão

...e...

P.T. Anderson têm que trabalhar juntos!