21.7.04
Diagnose
"Morra marta, morra farta"
Quem sou não se atreve a questioná-lo.
O saber de experiência feito, essa agora,
Está imune ao defeito que em má hora - agora - aflora.
Acelera-se o batimento quando à vista se depara um pavimento, ruína ignara em testamento legada.
Reduz-se o pensamento quando ao Marquês se depara um movimento, elaboração audaciosa de quem nada em sofrimento.
História, por amor do Homem, a memória é curta mas possui perna longa
Conquanto uma esteticamente perfeita rasteira se pretenda aplicar
Na serra ou perto do mar; qualquer que seja a terra, vale a pena penar.
20.7.04
Ouço Indie e Vejo Luz no Vértice da Rima
Passaram mais de 30 minutos e a batuta foi entregue ao Maestro Echoplex, abençoada indie melodia que aplaca a angústia de buscar imagens sem saber seu nome.
Enfim, a cor possível surge-me neste 'Circle of Light' fotografado por Keith Suddaby. Do que se trata, é de um nome que parece uma doença, agora que a música se extinguiu e outros sons se constituem em meu fundo. A catarse ocular, portanto, o entreposto de situação comunicado.
Mas porque me é particularmente penosa a ideia de abandonar esta ameia
Sem uma derivação sequer
Ouso entre vós marido e mulher agitar a colher do café
Tal qual os primos clamando que a Zé cheirava imenso a rapé.
Só isto, que diabo, exige uma renda.
Pague-a o Luís da fazenda com filosofias baratas
Para serem muitas as actas:
Que bom que é pesquisar no arquivo -
Um momentinho ou o que é que eu digo -
Nem por sombras, senhor, olhar para o umbigo eu?
"No vértice da rima a sublevação espícula
Derrete a canícula
E o que faz, não olhes, atrás de ti está o réu
Pronto a comer o chapéu
Por tantas e tantas chuvas acidulado...
Foi tempo a mais pisando um chão acimentado".
19.7.04
Introdução à Psicoactividade Substancial enquanto Entoar Não-a:normal
I
O som de uma impressora, diligente, irradiado sobre um espaço pontuado
(de outros pontos ou paragens), novas de choro derramado.
Leio, leio-as decorrentemente enquanto me curvo em vénias mil sob um passado
De símbolos e interpretações bem mais que feito. Ado. Ado simplesmente
Para teu deleite, incoerente pedra e como tal não-lapidável
Incrustação. Não, natural não, não não não não.
Deixe-se de lado a oposição que nos consome
Pelo som que nos tome e nos tomando soletre
«Something like a kind of "can't expect"»
OM vezes OM até OM serMOs.
O som de uma impressora, diligente, irradiado sobre um espaço pontuado
(de outros pontos ou paragens), novas de choro derramado.
Leio, leio-as decorrentemente enquanto me curvo em vénias mil sob um passado
De símbolos e interpretações bem mais que feito. Ado. Ado simplesmente
Para teu deleite, incoerente pedra e como tal não-lapidável
Incrustação. Não, natural não, não não não não.
Deixe-se de lado a oposição que nos consome
Pelo som que nos tome e nos tomando soletre
«Something like a kind of "can't expect"»
OM vezes OM até OM serMOs.
II
Num contexto ritual de alfaite descuidado
As caixas de uma só cor cumprem uma eficácia processual.
São maravilhosas peças do Nepal
Que aqui temos, atenção
Não vás julgar o ente p'lausência de mão.
8.7.04
Signo
(...) (...) (...)(...)(...)(...)(...)(...)(...)(...)(...)(...)(...)(...)(...)(...)(...)(...)
No dia em que pela primeira vez percebo uma Figueira na Foz, inspiro imensidão.
:01-07-04:
6.7.04
Raiva de Raivas
Nunca mais quero ver aquelas bolachas (logo as raivas que há tanto tempo procurava e finalmente havia adquirido numa pastelaria de entardeceres comuns) à minha frente, exclamou visivelmente desnorteada. Os olhos de súbito vítreos sugeriam um imenso reduto de dor, mas nada consegui acrescentar, porque nada me parecia a propósito, nada dispunha de sentido naquele segundo em que se me pedia uma reacção manifesta e não a aburguesada latência do exercício da reflexão mental. Desatou num choro convulso (esse universal mecanismo de dissipação energética, acrescenta alguém a meio tom da tribuna existencial) e desfaleceu sem mim, entretecido a ruminar considerações sobre o carácter insultuoso de apelidar raivas de bolachas.
Permaneci latente e a passagem do tempo perdeu a forma maquinal, a merda do medo de representar toldou-me a íntegra dos sentidos da materialidade...Se tudo se me afigurava claro enquanto peça conceptual noutro plano decorrente, a impossibilidade do imediato, qual estanque definição, ditou que nunca mais nos víssemos.
Permaneci latente e a passagem do tempo perdeu a forma maquinal, a merda do medo de representar toldou-me a íntegra dos sentidos da materialidade...Se tudo se me afigurava claro enquanto peça conceptual noutro plano decorrente, a impossibilidade do imediato, qual estanque definição, ditou que nunca mais nos víssemos.
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- How can I bear logic pods and jump towards a state of non-gravity existence?
- Well, sometimes one takes the lead although the clearest perspective of fall which accomplishes it.
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