31.12.12

Xin City

Porque todos os dias são vésperas:






Esta é da cidade 
Dita em verdade como qualquer parte não
Como a parte que pisas em vernáculo o chão
O mundo em decomposição
Na composição do teu rincão
Ou melhor dizendo a percepção
De estares numa prisão
A sensação de um vão andante a ilusão instante
Repetição incessante
Inenarrada neo solução rapada da Bairrada
Errante daqui a nada
Prefaciada está
Em casa uma coisa, ao lar alteridade, pá!
Crivo não tenho mas vá
De antanho cá
De virar cenas
Apenas
Se queres dar o desconto
Olha mais para o que não digo quando aponto
Que mais que o que jaz o que subjaz encontro
É ponto assente no que não rende senão ao que não entende
Do que se fala aqui é do que se faz aqui
Com um senso mais que lato, mata
Com um senso mais que lato, ri
E desata com um senso mais que lato posto para ti
À pergunta viste respondendo vi
Mas à escala de si, de louca
Que na escola foi tão pouca
Revolta
Refaz
Rapaz
Se és capaz se és capaz se és capaz
Se és capaz da revolta rapaz, refaz
Entre crentes não há capataz
Entredentes disseste mas bem alto fizeste então satisfaz
Satisfarás

Pela paz sim guerra não que ideia
Resistente emula a aranha e sua teia
A abelha em sua colmeia
Desse jeito de quem se alheia
Só de si seja, do ti próprio que sobeja

Dá-te a conhecer se é sob a luz do artifício que o teu ego mais fraqueja
Então não pode bem ser (queres lá ver) esse o sacrifício que o teu peito almeja
E que dúvida existe confrontando ambos?
Se só aquele que em riste aos próprios desmandos não assiste

São regras são de excepção
Não regas difusão reinas confusão
                Não
São regras de ter pão e coração
Estranhas tão
só a quem não então? -
O dito móvel tem ligado -
E faz religião de um bocado ajoelhado
De um cartão de associado
De um atestado papado ou de um secretariado
De um testamento dilapidado
De um mau bocado ter ditado o ter pago mas nunca a rendição de ter acreditado
Tens tanto orgulho de jazer em vida e de dizer nem morto querer saber de ser enterrado
Por às grilhetas seres livre de gritar por um bocado
E de asneirar e de asneirar e de asneirar
Mas que rezar
O que está a dar
É relativizar tudo
Menos relativizar
Tu não te safas sem
A secular farpela

Quem?
Conquanto não incomode ninguém?
Somos assim a milhões de primeiros atiradores de pedras
Os primeiros socorros e as caridades primevas
Mas ao estalar do reboco de tão modernas merdas
De nada servirão tais reservas
 
Pois está escrito há séculos, no livro que tanto apregoaste em tempos de caravelas
Que dizes que levaste por elas mas que ocultaste, tu que em gerações de copistas sionistas apostaste e transformaste perguntas em respostas
Dando a comer ao, como dizes, povo
O admirável mundo novo
Ainda ontem celebrado
Em estádio avançado
Esse alto trama
Endemoninhado é o que tem Obama do seu lado
E em Portugal os mais que vemos os mandados
Paus e couves de Bruxelas

Mas nós s’inda aqui estamos
Não estejamos só pr’acender velas


Se esta é da cidade
Qual
A ocidental
Quint’essencial
Sim
Mas no sentido de quintal
Portanto campo
Que não campeador
Assim, adeus ó Cid, Nortada
Chegou o tempo do Alor, cambada;