Esta é da cidade
Dita em verdade
como qualquer parte não
Como a parte que
pisas em vernáculo o chão
O mundo em
decomposição
Na composição do
teu rincão
Ou melhor dizendo
a percepção
De estares numa
prisão
A sensação de um
vão andante a ilusão instante
Repetição
incessante
Inenarrada neo
solução rapada da Bairrada
Errante daqui a
nada
Prefaciada está
Em casa uma
coisa, ao lar alteridade, pá!
Crivo não tenho
mas vá
De antanho cá
De virar cenas
Apenas
Se queres dar o
desconto
Olha mais para o
que não digo quando aponto
Que mais que o
que jaz o que subjaz encontro
É ponto assente
no pó que não rende senão ao que não entende
Do que se fala
aqui é do que se faz aqui
Com um senso mais
que lato, mata
Com um senso mais
que lato, ri
E desata com um
senso mais que lato posto para ti
À pergunta viste
respondendo vi
Mas à escala de
si, de louca
Que na escola foi
tão pouca
Revolta
Refaz
Rapaz
Se és capaz se és
capaz se és capaz
Se és capaz da
revolta rapaz, refaz
Entre crentes não
há capataz
Entredentes
disseste mas bem alto fizeste então satisfaz
Satisfarás
Pela paz sim
guerra não que ideia
Resistente emula
a aranha e sua teia
A abelha em sua
colmeia
Desse jeito de
quem se alheia
Só de si seja, do
ti próprio que sobeja
Dá-te a conhecer
se é sob a luz do artifício que o teu ego mais fraqueja
Então não pode
bem ser (queres lá ver) esse o sacrifício que o teu peito almeja
E que dúvida
existe confrontando ambos?
Se só aquele que
em riste aos próprios desmandos não assiste
São regras são de
excepção
Não regas difusão
reinas confusão
Não
São regras de ter
pão e coração
Estranhas tão
só a quem não
então? -
O dito móvel tem
ligado -
E faz religião de
um bocado ajoelhado
De um cartão de
associado
De um atestado
papado ou de um secretariado
De um testamento
dilapidado
De um mau bocado
ter ditado o ter pago mas nunca a rendição de ter acreditado
Tens tanto
orgulho de jazer em vida e de dizer nem morto querer saber de ser enterrado
Por às grilhetas seres
livre de gritar por um bocado
E de asneirar e
de asneirar e de asneirar
Mas que rezar
O que está a dar
É relativizar
tudo
Menos relativizar
Tu não te safas
sem
A secular farpela
Quem?
Conquanto não
incomode ninguém?
Somos assim a
milhões de primeiros atiradores de pedras
Os primeiros
socorros e as caridades primevas
Mas ao estalar do
reboco de tão modernas merdas
De nada servirão tais
reservas
Pois está escrito
há séculos, no livro que tanto apregoaste em tempos de caravelas
Que dizes que
levaste por elas mas que ocultaste, tu que em gerações de copistas sionistas
apostaste e transformaste perguntas em respostas
Dando a comer ao,
como dizes, povo
O admirável mundo
novo
Ainda ontem
celebrado
Em estádio
avançado
Esse alto trama
Endemoninhado é o
que tem Obama do seu lado
E em Portugal os
mais que vemos os mandados
Paus e couves de
Bruxelas
Mas nós s’inda
aqui estamos
Não estejamos só pr’acender velas
Não estejamos só pr’acender velas
Se esta é da
cidade
Qual
A ocidental
Quint’essencial
Sim
Mas no sentido de
quintal
Portanto campo
Que não campeador
Assim, adeus ó
Cid, Nortada
Chegou o tempo do
Alor, cambada;