21.1.04

2 de Dezembro de 2003, 3:57:31 (formalizado, guardado como doc nesse momento, embora presentemente o Word me diga que foi modificado neste - o tal - momento cuja enunciação precede a abertura deste parêntesis e, agora, aquando da sua chegada ao espaço net, dele fale enquanto acedido);

Esta - 12:31:48 PM - é também uma hora estapafúrdia (5)**, hora da comprovação de si enquanto intemporalidade conceptual


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Chegámos numa *hora estapafúrdia.

As luzes, habitual presença, habitual indicação de momentos concretos de dor em perspectiva, estavam dissimuladas sob um véu de ingenuidade primário.

De facto, a última passa tinha-me deixado num estado tal que a ligação entre meu olhar e a imagem daquela entrada, aquela casa que tanto me oferecera enquanto acreditei poder ser a dor uma via de realização, estava enevoada (viver uma lancinante introspecção e olhar pragmaticamente para fora de mim são concretizações difíceis de compatibilizar, opostas - porque assim sentidas - dimensões de concretização).

Agora, enfim, que negava a sublimação como possibilidade de existência, deparava-me com as névoas da minha própria visão.

…Penso melhor e reconheço ser o véu a crença e as luzes, habituais enquanto arquetípicas, emanações da substância.

Acreditar no Amor [aglutinar definições que passaram (had passed away) na Páscoa] e a elementar invocação … como um planetário…”parece mesmo que estou a ver o céu, tão claramente…tão claramente como o não vejo quando meu desnudado olho o contempla inocente e naturalmente”… Acreditar na naturalidade de uma elaboração – idealização, substituindo o seu questionamento pel’a sua elevação a paradigma…

Para o diabo Kuhn e os paradigmas pelos paradigmas!

Para o Inferno Freud e a sublimação!

Que o infortúnio e a desgraça persigam seus sequazes*.


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**Ao som de Sigur Rós, (), faixa 5

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