Um mês volvido face à morte do antigo primeiro-ministro libanês, Rafik Hariri, o tempo tem a eficaz chancela simbólica e colectiva do aniversário.
A landmark, precisamente.
Afiguram-se-me possíveis diversas realizações. Ainda que sempre seja assim, agora e no Líbano decisivos são os momentos, mais do que nunca parcas as palavras que procuram dotar de sentido o maior dos paradoxos, esta distância de fisicalidades entreposta, tão perto, tão perto.
Há vezes em que uma declaração de intenções, meramento sendo, vale a pena, por assim dizer. Não é o caso. Relevá-lo é já incorrer num exercício de subterfúgios, ainda que a menção me ajude a situar-me.
Mais do que a tal declaração (mais do que as semânticas entretecidas nas palavras escritas), há um horizonte que almeja ser. Implicando o pudor de o não ser ainda, um embrião ou uma semente, um pólipo ou um ente em hibernação, tratamos do que poderá ir e ser para vir a ser.
Mais do que todos os fascínios relativistas juntos, uma realidade, you know?
É quando, um mês depois, as imagens não contêm senão a representação de quem as capta. Transpiram realidade. Lá.
Aqui, infestados de perfumes e desodorizantes (desodorizar, sim senhor, que o cheiro incomoda e deve ser banido?!), não é fácil, feromonas são bolinhas em esquemas coloridos a exibir em retroprojectores.
Projectemo-nos antes, pois!, para a frente:
Um mês de-pois! (lá como aqui), smells like teen spirit.
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