[Caderninho (lembrar de especificar na medida da sua primeira página escrita ter sido a última e não por mim; a especificar na medida em que este conjunto de páginas originalmente em branco é um veículo, um fio condutor, uma existência (um sentido) autónoma(o) encontrada, um microcosmos que desafia a caótica reflexão do sujeito) - Coimbra, 3ª semana de Janeiro]
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Sol, Dia
Ainda (ou sobretudo) que agastado
Desgastado por deletérias mutações
Fustigado por sequências mil obscuras
Estações
Um farrapo disputa pelas velhices (o farrapo que contém o sentido da vida é velho, venerando) uma após outra luta, combate (a filha da puta verdade é só um fiapo de ilusão):;
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Glória aos trapos incensados, aclamados
Paz ao farrapo narrado, esfarrapado
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O farrapo não é um trapo
E nada há a lamentar
A sombra não é um buraco
Do qual deseje escapar.
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Lua, Noite
Centrípeto poder atrito ter
A concomitância é a bela fragância
Da terra da abundância.
Parece pouco, incompleto, mosca com uma só asa, o handicap de um insecto filmado
A comoção da gente revista pela pena demente de um pato presente no sapato das entrelinhas de volta da luz,
O paradoxo libertado numa cruz.
Parece o que é.
Chegou o sono, penhorou-se o sentido.
ATENÇÃO : ALIENAÇÃO
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