26.6.04

Especular

É como um grande fosso com laivos de fossa
Que apenas de olhar produz grande mossa:
Assim e agora, revelam-se-me numa pubalgia em directo
Requintes de malvadez; esmagam-me como um insecto
Sem quaisquer preces ou morais, religiões outras e tais
Afinidades relegadas para um ponto especial.
Pois, a mim só me ocorre dizer ser anormal
Toda esta verborreia servir um propósito animal...
A saber, a sanidade rimando com diarreia de verdade.
Convenhamos. Um apelido escatológico por si só é tão pueril
Como um barril sem pólvora ou um Abril com águas mil
Gaseificadas, engarrafadas sem rótulo (oh que vil torpeza)
Prontas com certeza para servir à tua mesa de descrentes.
Mostra, mostra teus maravilhosos dentes que invejo
Num daqueles sorrisos que abarcam o Tejo
Só para que um dia que seja alguém que nos veja especule.
Então e enfim, um novo chá ebulirá.

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