28.6.04
Quatro sentidos para um poema
Invocação
Olhada de longe
A vila fonte serpenteia por entre vales
Despido o monge
Do hábito o rio quer mesmo que fales:
Fotografa o instante como um mantra
Torna trovoadas paz
Conquista-se o que se canta pelo bem que faz...
Objectividade
Em suma a consciência dita sem ditar
(Ditado é coisa tida por lugar passado)
Se o xaile sobre os ombros e aqueles ditongos
Nasalados caminham no ouvinte até ao fim de si;
Bem mais do que evidente é se ninguém se ri.
Subjectividade
Penas tidas ou mantidas não podem ser alegações
Numa tribuna insinuada por montes e montes
Quantas as emoções dedicadas a parir pontes
Dissipadas, as humidades das monções mais entranhadas.
Evocação
Paciência, assinale-se portanto e sem quebranto
O nome do visado não será mostrado.
Como se vê, na inconsequência do sigilo
A ausência de um "vacilo" conjugado.
Espera. Um tempo ainda para parar
Na expectativa, qual a próxima figura de estilo de saída?
Quem disse qualquer coisa de primeiras pedras
Dizia bispos igrejas primevas?
De seda pura tocada a palavra
Numa mão de saber a cimitarra
Empunhada é mais que tudo só uma pergunta
Pelo apelo incontrolável
A última braçada realmente dada deixa-nos
Mais longe ou até nos junta?
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